quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Le Corbusier




Le Corbusier, tido como papa da arquitetura moderna propôs que a contrução de casa não fosse livre e pessoal como se fosse fazer compras de supermercados ou de roupas. Ele sonhava com um mundo onde fábricas cuspissem residências prontas para serem usadas por qualquer ser humano do planeta. Eram as “máquinas de morar” que levavam a extremos os cânones chamados “cinco pontos da arquitetura” que ele tinha que como imprescindíveis ao projeto de residências, a partir dali, nada mais era arquitetura, ninguém mais poderia faze-la.  


A formação de Le Corbusier
Considerado a figura mais importante da arquitetura moderna. Estudou artes e ofícios em sua cidade natal, na Suíça, e depois estagiou por dois anos no estúdio parisiense de Auguste Perret, na França. Viajou para a Alemanha onde colaborou com nomes famosos da arquitetura naquele país.

Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia antiga. Ficou impressionado com o uso da razão áurea pelos gregos clássicos. O livro "Vers une Architecture" mostra uma nova forma da arquitetura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão áurea, uma proporção matemática considerada harmônica e agradável à visão.

Para o arquiteto, o tamanho padrão do homem era 1,83m. Baseado nisso, em números do matemático Fibonacci (1170-1250) e na razão áurea dos gregos antigos, criou uma série de medidas proporcionais, o Modulor, que dividia o corpo humano de forma harmônica e equilibrada. Baseava-se nisso para orientar os seus projetos e suas pinturas.

Embora sua principal carreira tenha sido a de arquiteto, também foi competente na pintura e na teoria artística. Como pintor, ajudou a fundar o movimento purista, uma corrente derivada do cubismo, nos anos 1920. Na revista francesa "L'Esprit Nouveau" (O espírito novo), publicou numerosos artigos com suas teorias arquitetônicas.

Uma de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos de época, foi o entendimento da casa como uma máquina de habitar (machine à habiter), em concordância com os avanços industriais. Sua principal preocupação era a funcionalidade. As edificações eram projetadas para serem usadas. Definiu a arquitetura como o jogo correto e magnífico dos volumes sob a luz, fundamentada na utilização dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes dimensões e outros produtos artificiais.

Uma de suas preocupações constantes foi a necessidade de uma nova planificação urbana, mais adequada à vida moderna. Suas idéias tiveram grande repercussão no urbanismo do século 20. Foi o autor do Plano Obus, para reurbanizar Argel, capital da Argélia, e de todo o planejamento urbano de Chandigarh, cidade construída na Índia para ser a capital do Punjab.
O edifício sede das nações Unidas (ONU), em Nova York, foi desenhado por Le Corbusier, pelo brasileiro Oscar Niemeyer e pelo inglês Sir Howard Robertson, em 1947.

Aos 78 anos, Le Corbusier morreu afogado no mar Mediterrâneo. Oito anos antes, havia feito o projeto de seu túmulo, que foi construído imediatamente após a sua morte.

Os cinco pontos

Os cinco pontos de Le Corbusier formam a base canônica de sua arquitetura. Estes permitiram tornar os elementos constitutivos do projeto independentes uns dos outros, possibilitando a maior liberdade de criação.
Os 5 pontos
  1. Planta Livre: através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já que estas não mais precisam exercer a função estrutural.
  2. Fachada Livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser projetada sem impedimentos.
  3. Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo do mesmo.
  4. Terraço Jardim: "recupera" o solo ocupado pelo prédio, "transferindo-o" para cima do prédio na forma de um jardim.
  5. Janelas em Fita: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desempedida com a paisagem.
Os cinco pontos são o resultado das pesquisas realizadas nos anos iniciais das carreiras dos arquitetos Le Corbusier e Pierre Jeanneret (seu primo e sócio). Sua forma final foi publicada em 1926 na revista francesa L'Esprit Nouveau. Um ou mais dos pontos são utilizados em alguns projetos anteriores a esta publicação e aparecerão pela primeira vez na Casa Cook, em 1926. É na Villa Garches e na Villa Savoye, no entanto, que estes serão utilizados de forma mais expressiva.
O sucesso dos cinco pontos
O sucesso dos cinco pontos foi tal que, com o tempo, estes deixaram de ser associados apenas a Le Corbusier e se tornaram cânones da arquitetura moderna. Assim, arquitetos de países diversos adotaram os preceitos parcial ou integralmente em seus projetos. No Brasil, o prédio do Ministério da Educação e Saúde Pública, projeto de Lucio Costa eOscar

Projetos Arquitetônicos

Cronologia 
Villa Fallet 1905  Suiça - Primeira obra concebida aos 18 anos.
Carpenter Center for the Visual Arts 1961 - ultima obra aos 74 anos


Villa Fallet - la Chaux de Fonds/Suiça

Igreja Saint-Pierre - Firminy/França

                                                      Villa La Roche - Paris/França


                                                Maison de La Culture - Firminy/França




Villa Stein-de Monzie - Paris/França




Capela de Notre Dame du Haut - Ronchamp/França


                                                 

                                                Unidade de Habitação - Marselha/França



                                                          Villa Savoye - poissy/França
                                       
Heidi Weber Museum - Zurique/Suiç


Carpenter Center for the Visual Arts - Cambridge/Inglaterra

Le Corbusier nas Artes Plásticas

"Se quiser entender a minha arquitetura, é preciso olhar as minhas pinturas."
( Le Corbusier)











villa savoye


Le Corbusier ficou intrigado com a tecnologia e o design dos barcos. A aerodinâmica, resultado simplista nascida de técnicas de engenharia e design inovadores modulares influenciaram o ordenamento do território e estética minimalista. O pilotis que sustentam os conveses, as janelas da fita que correm ao lado do casco, as rampas proporcionando um momento de saída de pavimento a pavimento; todos estes aspectos serviram de base dos Cinco Pontos de Arquitetura e encontram-se na composição global do Villa Savoye. Ao entrar na casa, parece estar flutuando acima do fundo florestal apoiado por pilotis delgado que parece dissolver-se entre a linha das árvores, como o nível mais baixo também está pintada de verde fazem alusão à percepção de um volume flutuante.O nível mais baixo serve como programas de manutenção e serviço da casa. Um dos aspectos mais interessantes da casa é a fachada em vidro curvo no nível mais baixo que é formado para coincidir com o raio de giro dos automóveis de 1929 para que, quando as unidades do proprietário baixo o maior volume que pode puxar para a garagem com a facilidade de um leve giro.As salas de estar, ou o volume superior, estão equipados com janelas de fita que estão perfeitamente integrados na fachada, totalmente branca, o que anulará a fachada (s) de qualquer hierarquia. As janelas de fita começam a brincar com a percepção de interior e exterior, que não se manifestou plenamente, até uma vez lá dentro. No entanto, uma vez dentro, torna-se uma compreensão clara da interação espacial entre os espaços público e privado. Normalmente, os espaços de uma casa são relativamente privado, fechado, e um pouco isolada. No entanto, Le Corbusier situa a espaços em torno de um exterior, terraço comum, que é separada do salão por uma parede de vidro deslizante.Tanto o nível mais baixo e os quartos superiores são baseados na idéia de plano aberto que provoca o morador a serpentear entre os espaços continuamente. Como um tour de arquitetura, Le Corbusier incorpora uma série de rampas móveis a partir do nível mais baixo até o caminho para o jardim do último piso, que exige que o morador venha  a desacelerar e experimentar o movimento entre os espaços.Villa Savoye é uma casa projetada com base no passeio arquitetônico. Sua experiência está em movimento através dos espaços. Não é até uma pessoa se torna familiarizado com as peculiaridades que o movimento sutil e da proporcionalidade dos espaços evoca uma sensação de monumentalidade no subúrbio parisiense.